(Por Fernanda Dourado)

O deputado federal do PSL, Coronel Tadeu, de São Paulo, falou com exclusividade para o site Bahia Repórter nesta quarta-feira (5) sobre a nova legenda União Brasil, partido resultante da fusão entre DEM e PSL. O BR quis saber do parlamentar a respeito das declarações do presidente nacional do DEM e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, ( articulador da fusão) – que afirmou em entrevista ao UOL nesta terça-feira (4) que a legenda União Brasil não será bolsonarista e que estará de portas abertas à saída de radicais. O legislador foi sucinto e irônico na resposta ao dizer: “Não sou radical, mas não tenho interesse em ficar”, afirmou o legislador federal.

Fundo partidário

Coronel Tadeu ainda afirmou ao BR que é uma vergonha a fusão do DEM e do PSL – já que,
segundo ele, é mera conveniência por dinheiro. Questionado pelo BR o por que desta declaração, o parlamentar respondeu:

“Se uniram (DEM e PSL) pelo dinheiro! Ou seja, pelo fundo partidário. São quase 300 milhões”, bradou Coronel Tadeu.

O BR ainda questionou se o fundo entre os dois não seria de quase 1 bilhão de reais. O legislador retrucou ao falar que o fundo partidário de 5,6 bilhões de reais não foi aprovado, mas que caso seja aí o valor seria de 1 bilhão ao voltar a afirma: “uma vergonha”.

Em agosto de 2021, o presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira (20), com vetos parciais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O texto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional. Ponto mais polêmico da proposta, o aumento do Fundo Eleitoral, de R$ R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões, foi vetado pelo presidente.

“União Brasil não será a maior bancada da Câmara”, afirma Coronel Tadeu 

Ainda segundo o legislador, a fusão tinha como meta desbancar o PT, mas de acordo com ele, não terá sucesso. “Acredito que todos os 30 bolsonaristas vão sair do partido”, concluiu parlamentar que ainda não decidiu qual o partido irá ingressar, mas fez questão de afirma que não fica na União Brasil até pela proximidade da legenda com governador de São Paulo, João Dória (PSDB).